CHEQUE ROUBADO
O frentista do posto de gasolina iniciou seu dia de trabalho como sempre. Fez as anotações das numerações de todas as bombas de gasolina, conferiu rapidamente os produtos que sempre tentam vender como óleo de motor, detergentes para limpar pára-brisas etc. Este seria mais um dia tranqüilo como outro qualquer. Pensou ele.
Passado uns dias, o rapaz foi chamado à sala da gerencia para tentar identificar quem teria lhe pago o abastecimento com um cheque que foi devolvido pelo banco como roubado. Como não conseguiu saber de quem era, teve o valor descontado do seu salário. Mas o pior ainda estava por vir.
Alguém soube do ocorrido e resolveu fazer uma brincadeira com o rapaz, ligou para ele e disse que era quem tinha passado o cheque e que se ele falasse alguma coisa iria sofrer um acidente. O cara ficou apavorado. Na mesma hora pediu ao gerente para ir para casa que não estava se sentindo bem. E foi prontamente atendido, devido à cara de pavor em que apresentava.
E os dias passavam, e os telefonemas continuavam a assustar o rapaz pela exatidão de detalhes a respeito de sua chegada ao trabalho, à roupa que estava vestindo, se chegava acompanhado ou não ou até por quem. Até em pedir demissão ele pensou.
Em um determinado dia o rapaz chegou ao trabalho acompanhado de sua mulher, que sabendo do acontecido resolvera que acompanharia o marido dali por diante. Nesse meio tempo chega um rapaz bastante conhecido dos frentistas pelo seu excelente bom humor e por ser um tremendo gozador, para abastecer o seu carro, e como sempre, chegou fazendo brincadeiras com todo mundo, inclusive com o sujeito que estava “sendo” ameaçado.
A mulher do rapaz ao ver o cara fazer sinais de longe para seu marido não pensou duas vezes, partiu para cima do cara de socos e pontapés enquanto gritava:
- Deixa meu marido em paz. – Deixa meu marido em paz. – Deixa em paz.
O marido quando viu a cena e escutou somente o “deixa em paz”, achou que o cara tinha falado alguma coisa para sua mulher e caiu de porrada no cara também, que sem entender nada gritava:
- O que eu fiz? Parem com isso.
Foi quando a turma do “deixa disso” entrou em ação, ajudando o rapaz a levantar e em seguida ir embora sem entender nada.
A verdade é que aquele episódio serviu de lição para que as brincadeiras chegassem ao final.
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