terça-feira, 8 de março de 2011


PAIXÃO DE CARNAVAL. 

Que seja infinito enquanto dure (Vinícius de Morais)
Sábado de carnaval. Em uma concentração de um Bloco que iniciaria o desfile em pouco tempo  arrastando uma multidão de pessoas que naquele momento só existia para todos uma enorme obrigação de se divertirem.
Quem é essa mulher linda? De onde apareceu essa mulher linda? Que mulher maravilhosa é essa.
Paixão a primeira vista? Ou é amor a primeira vista?
 Foi convocado um verdadeiro exercito de amigos para descobrir quem era essa mulher. – Eu sei quem conhece disse um amigo. Ela está hospedada com umas amigas na casa Vanda, aquela médica ex-namorada do João.
Em meio ao desfile do Bloco houve certa cumplicidade nos olhares trocados além das informações passadas pelas minhas novas amigas.
-Ela é casada. Disse uma delas.
- Ta separando do marido. Disse outra.
- Que nada! Já esta separada daquele grosso faz tempo, só estão juntos para manter a aparência, vocês sabem que a mãe dela gosta muito dele. E da grana dele também.
- Me apresentem a ela. Ele disse. - Eu preciso conhecê-la, essa mulher entrou de vez minha vida. E os olhares continuaram sendo trocados durante todo o trajeto do Bloco e não houvera nenhuma oportunidade de trocarem pelo menos um oi. Devido a sua condição de diretor do Bloco, tinha que ficar atento a toda movimentação do cortejo.
Fim da festa e com a alma lavada devido ao dever cumprido de fazer com que a cidade a parti daquele carnaval e para alegria de seus foliões passasse a contar com mais um bloco, resolveu ir para praia, apesar de passar das 9 horas da noite, tomar um bom banho de mar. Mas  quando ao dobrar uma esquina, para sua total surpresa. Deparou com ela. Se houvesse alguma Deusa do Carnaval, com certeza teria ela enviado aquela mulher para ele.
- Oi tudo bem. Disse ele meio rapidamente.
- Comigo está tudo bem. E você está indo para onde?
Vou dar um mergulho, quer ir comigo? Perguntou.
Depois de hesitar em alguns segundos (que para ele foram uma eternidade) ela disse:
- Eu ti levo lá, com essa noite linda a água deve esta uma maravilha. Entra no carro. E não falou mais nada durante todo o curto, mas esburacado trajeto.
Chegando ao local, ele agradeceu e saiu do carro sem ter dito o seu nome e muito menos perguntado o dela. Tinha lhe dado um branco, que tinha lhe deixado completamente sem palavras, ele não conseguia balbuciar nada, era como tivesse totalmente mudo.
Passado uns quarenta minutos e o frio chegando, ele resolveu ir embora, e para sua total surpresa ela lhe esperava ao lado do carro. Naquele momento a sua única vontade era de correr para os seus braços e cobri-la de beijos. O que foi feito em seguida.
Depois daquele momento maravilhoso, marcaram de se encontrarem mais tarde, e essa paixão virou um amor igual ao visto em filmes ou contados em poesias por poetas loucos que morreram sem conhecer o amor.
Aquela história de amor durou alguns anos. Havia diariamente uma troca de correspondência com poesias de Vinícius de Morais ou alguma ode ao amor escrito pelo grande Artur da Távola, alem de vários telefonemas diários apenas para dizer: Eu ti amo.
Um dia ele atendeu um telefonema, e do outro lado da linha uma voz embargada lhe disse: - Aconteça o que acontecer saiba que eu sempre vou ti amar, eu tenho que me afastar de você, mas prometo que um dia eu voltarei.
Naquele dia ele descobrira a dor do amor, uma dor que fere a alma, que cega e tira os pés do chão, deixando você igual a uma pena ao vento. E depois disso só há encontrou dois anos depois, e foi quando ela lhe disse que tinha reatado o casamento por motivos que mesmo ele sabendo depois quais foram, a chama daquele amor, ou seria paixão? Tinha se apagado para sempre.

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