PASSEIO

PASSEIO DE BARCO

  

Foi em uma pequena cidade do litoral do Estado do Rio de Janeiro que se passou esse causo do caso.

Um político metido a conquistador resolveu dar uma fugida com sua namorada á um Município vizinho  cerca de trinta quilômetros. Lá chegando viu um senhor com um barquinho a motor na beira de um rio, e que depois de algum tempo de conversa decidiu alugar o barco e fazer um passeio pelo paradisíaco local. O velho senhor tentou convencê-lo de ir junto também, o que deixou o cidadão irritado, e que respondeu da seguinte forma:

- Meu amigo, além de ser vereador, eu também sou pescador. E em seguida puxou a carteira e mostrou os documentos. Tudo acertado, lá se foram os pombinhos.

Já tinham se passado quase quatro horas, quando velho começou a ficar preocupado, o que fez logo em seguida tomar uma atitude, ou seja, pegou o cartão de visitas deixado pelo garanhão e ligou para a Câmara dos Vereadores para comunicar o desaparecimento do nobre colega, talvez tragado pela perigosa correnteza das águas do rio.

O que aconteceu depois do telefonema foi um grande alvoroço. Os nobres colegas tanto da situação como da oposição resolveram se deslocarem para a tal cidade, tendo antes comunicado os órgãos de imprensa, ao Pastor da igreja por ele freqüentada e passaram na casa do desaparecido para buscarem sua esposa e filhos.

Ao chegarem ao local e escutarem as explicações do velho resolveram que o ideal era alugarem um barco e iniciar a busca, no qual o velho prontamente se qualificou para a empreitada, pois além de conhecer o rio, ele também tinha um pequeno bote a motor para alugar. E em seguida partiu rumo rio acima.

Duas horas depois, viram o pequeno bote apontar na curva do rio trazendo o outro que havia enguiçado de reboque com os dois pombinhos.

Dizem que os dois não tinham onde enfiar a cara, de tanta vergonha que ficaram diante de uma platéia tão grande que os aguardavam. Com a moça não aconteceu nada, mas o camarada além de tomar umas tapas da mulher, ficou mal visto na igreja e também com seus eleitores.